Alquimia - Alquimistas Famosos - Parte1
Nicolas Flamel
Nicolas Flamel ou Nicolau Flamel, em português (Pontoise, França, 1330 — 1418) foi um escrivão e vendedor de sucesso francês que ganhou fama de alquimistas após seus supostos trabalhos de criação da pedra filosofal. Casado com Dame Perenelle Flamel, segundo a lenda teria fabricado a pedra filosofal, o elixir da longa vida e realizado a transmutação de metais em ouro por meio de um livro misterioso.A Pedra Filosofal
Segundo a lenda, em torno de 1370, Flamel encontrou um antigo livro que continha textos intercalados com desenhos enigmáticos, aparentando hieróglifos. A história de sua vida poderia ser resumida na guarda deste livro, mesmo após muito estudá-lo, Flamel não conseguiria entender do que se tratava. Ainda segundo esta história, ele teria encontrado um sábio judeu em uma estrada em Santiago, na Espanha, que fez a tradução do livro, que se tratava de cabala e alquimia, possuindo a fórmula para a pedra filosofal.
Flamel, a partir de 1380, começou a se dedicar à alquimia prática. Segundo conta-se, conseguiu produzir ouro em torno de 1382 e depois finalmente a transmutação em ouro. Cerca de dez anos mais tarde do início dos experimentos, começou a realizar um grande número de obras de caridade como a construção de hospitais, igrejas, abrigos e cemitérios e os decorar com pinturas e esculturas contendo símbolos alquímicos e muito ouro.
Lenda
A lenda, no entanto, conta que, na realidade, ambos, Flamel e Perrenelle, não morreram, e que em suas tumbas foram encontradas apenas suas roupas em lugar de seus corpos, eles teriam vivido graças ao elixir da longa vida, ao qual, Flamel também teria fabricado.
Flamel deixou um testamento escrito a seu sobrinho, em que revelava os segredos que descobrira sobre a alquimia. O "Testamento de Nicholas Flamel" foi compilado na França no final dos anos 1750 e publicado em Londres em 1806. O documento original foi escrito de próprio punho por Nicholas Flamel em um alfabeto codificado e criptografado que consistia em 96 letras. Um escrivão Parisiense chamado Father Pernetti o copiou e um Senhor de Saint Marc pôde finalmente quebrar o código em 1758.
Foi citado na série de livros Harry Potter como tendo realmente conseguido produzir a pedra filosofal e vivido 665 anos. Ele a teria destruído no final do primeiro livro da série, "Harry Potter e a Pedra Filosofal".Há menção também em O Código Da Vinci de Flamel tendo sido um dos grão-mestres do Priorado de Sião.
Paracelso
Paracelso, pseudônimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (Einsiedeln, 17 de dezembro de 1493 — Salzburgo, 24 de setembro de 1541) foi um famoso médico, alquimista, físico e astrólogo suíço.
Seu pseudônimo significa "superior a Celso (médico romano)". Entre todas as figuras erráticas do renascimento, a de Paracelso está pontada pela agitação da sua vida e pela a incoerência das suas opiniões e doutrinas. No estudo da sua biografia, facto tem sido gradualmente separado da fantasia, mas nenhum acordo foi alcançado no que respeita bem quanto à natureza e sentido de seu ensino. Ele é considerado por muitos como um reformador do medicamento. Outros elogiam suas realizações em Química e como fundador da Bioquímica. Ele aparece entre cientistas e reformadores como Andreas Vesalius, Nicolau Copérnico e Georgius Agricola, e, portanto, é visto como um moderno. Por outro lado, sempre possuiu uma aura de místico e até mesmo obscura reputação de mágico.
Durante séculos o seu trabalho tem sido criticado como não-científico, fantástico e na fronteira com a demência sendo que muitas de suas obras são puramente religiosas, sociais e éticas de caráter.
Infância
Paracelso nasceu em Einsiedeln, uma pequena localidade da Suíça. Era suábio e sua mãe era suíça. Filho de Wilhelm Bombast, médico e alquimista, e neto de Georg Bombast von Hohenheim, grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros de São João, o jovem de baixa estatura, gago e corcunda, aos três anos de idade, foi atacado por um porco que lhe mutilou o genital, fato que somado a sua aparência física, proporcionou-lhe um complexo de inferioridade que seguiu por toda a vida. Na infância, Paracelso acompanhava seu pai viajando pelos povoados da terra natal, observando a manipulação das ervas usadas para curar doentes daquela região. Dessa forma, passou a apreciar a atividade paterna. As primeiras noções sobre Teologia, Alquimia e Latim foram transmitidas por seu pai. Ainda muito jovem, foi enviado à escola de Beneditinos do Mosteiro de Santo André. Lá, conheceu o notável alquimista Eberhard Baumgartner.
Regresso à Europa
No retorno de Paracelso à Europa, seus conhecimentos em tratamentos médicos tornaram-no famoso. Ele não seguia os tratamentos convencionais para feridas, que consistiam em derramar óleo fervente sobre elas; se as feridas estivessem em um membro (braço ou perna), esperava-se que elas ficassem em gangrena para então amputar o membro afetado. Paracelso acreditava que as feridas se curariam sozinhas se o pus fosse evacuado e a infecção fosse evitada.
Ele rejeitava as tradições gnósticas, mas manteve muitas das filosofias do Hermetismo, do neoplatonismo e de Pitágoras; de qualquer modo, a ciência Hermética tinha tantas teorias aristotélicas que a sua rejeição do Gnosticismo era praticamente sem sentido. Em particular, Paracelso rejeitava as teorias mágicas de Agrippa e Flamel. Ele não se achava um mago e desprezava aqueles que achavam que fosse.
Paracelso foi um astrólogo, assim como muitos (se não todos) dos físicos europeus da época. A Astrologia foi uma parte muito importante da Medicina de Paracelso. Em um de seus livros, ele reservou várias seções para explicar o uso de talismãs astrológicos na cura de doenças. Criou e produziu talismãs para várias enfermidades, assim como talismãs para cada signo do Zodíaco. Ele também inventou um alfabeto chamado "Alfabeto dos Reis Magos" e esculpiu nos talismãs nomes angelicais.
Visão e doutrina
A distinta natureza da filosofia de Paracelso é consequência da visão cosmológica, teológica, filosofia natural e medicina à luz de analogias e correspondências entre macrocosmos e microcosmos. As especulações acerca dessas analogias tinham seriamente empenhado a mente humana desde o tempo pré-Socrático e Platônico e durante toda a Idade Média. Paracelso foi o primeiro a aplicar essas especulações para o conhecimento da natureza sistemática.
Isso associado com a singular posição que ele assume no que diz respeito à teoria e à prática de aquisição de conhecimentos em geral, quebrou longe do ordinário lógico, antigo e medieval e moderno, seguindo as suas próprias linhas, e é nisto que muito do seu trabalho naturalista encontra explicação e motivação.
Segundo Paracelso[carece de fontes?], se o homem, o clímax da criação, une em si mesmo todos os componentes do mundo em torno dele como minerais, plantas, animais e corpos celestes, ele pode adquirir conhecimento da natureza de modo muito mais directo e "interna" do que a forma externa de consideração dos objetos pela mente racional. O que é necessário é um ato de atração simpática entre o interior representativo de um determinado objeto, na própria constituição do homem e o seu homólogo externo. A união com o objeto é então o soberano meio de adquirir conhecimento íntimo e total. Esta não é alcançada pelo cérebro, a sede da mente racional. E é num nível mais profundo, à pessoa como um todo, que é dado o conhecimento. É o seu corpo astral que ensina o homem. Por meio do seu corpo astral o homem comunica com a supraelementrariedade do mundo astral. Astrum é o contexto que denota não só o corpo celestial, mas a virtude ou atividade essencial de qualquer objeto. Isto no entanto não é atingido num estado racional de pensamento, mas sim em sonhos e transes fortificados por força de vontade e imaginação.
O que parece ser original em Paracelso, então, não é a teoria microcósmica em si mesma, nem a busca da união com o objeto, mas o emprego consistente desses conceitos como a ampla base de um elaborado sistema de correspondências na filosofia e medicina natural.