Mini Post de perguntas interessantes.
Cerca de 5,8 milhões de orações chegam aos Seus ouvidos por minuto. É claro que não dá para responder a essa questão com precisão científica, mas a ME consultou representantes das principais religiões monoteístas e obteve um número aproximado de cerca de 8,4 bilhões de orações por dia, ou 5,833 milhões por minuto, o mesmo que 97 mil preces por segundo! Atendendo a nosso pedido, líderes do cristianismo, do judaísmo e do islamismo fizeram uma estimativa, em porcentagem, de quais são os reais hábitos religiosos dos adeptos de sua fé - ou seja, quantas pessoas rezam quantas vezes por dia. Jihad Hassan, da Assembleia Mundial da Juventude Islâmica, por exemplo, explica que, no islã, a recomendação oficial é de cinco preces por dia. “Mas acredito que apenas 75% dos muçulmanos, os ortodoxos, cumprem essa meta. Cerca de 20% rezam uma vez por dia e uns 5% nunca rezam.” Depois, foi só cruzar os dados com as mais recentes estatísticas sobre o total de seguidores dessas três religiões e pronto! Deus deve andar com a orelha bem ocupada...
Qual a origem dos sete pecados capitais?
Os sete pecados capitais são quase tão antigos quanto o cristianismo. Mas eles só foram formalizados no século 6, quando o papa Gregório Magno, tomando por base as Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete os principais vícios de conduta: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. Mas a lista só se tornou "oficial" na Igreja Católica no século 13, com a Suma Teológica, documento publicado pelo teólogo são Tomás de Aquino. No documento, ele explica o que os tais sete pecados têm que os outros não têm. O termo "capital" deriva do latim caput, que significa cabeça, líder ou chefe, o que quer dizer que as sete infrações são as "líderes" de todas as outras. E, do ponto de vista teológico, o pecado mais grave é a soberba, afinal é nesta categoria que se enquadra o pecado original: Adão e Eva aceitaram o fruto proibido da árvore do conhecimento, querendo igualar-se a Deus. A Igreja até tentou oferecer soluções para os pecados capitais, criando uma lista de sete virtudes fundamentais - humildade, disciplina, caridade, castidade, paciência, generosidade e temperança -, mas os pecados acabaram ficando mais famosos. Outras religiões, como o judaísmo e o protestantismo, também têm o conceito de pecado em suas doutrinas, mas os sete pecados capitais são exclusivos do catolicismo.
Quem são os mórmons?
São os fiéis da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, fundada pelo americano Joseph Smith. A história da religião registra que em 1820, quando tinha só 14 anos, Smith foi até um bosque próximo de sua casa em Palmyra, no estado de Nova York, para orar. O rapaz não sabia que igreja seguir e pediu uma orientação divina. Em resposta a seus questionamentos, teria tido uma visão que o aconselhou a não seguir nenhuma religião existente. Ele então passou a acreditar ter sido o escolhido para restaurar a "verdadeira" igreja de Cristo na Terra. Nos anos seguintes, sempre segundo os adeptos da religião, Smith teria traduzido, após nova revelação divina, O Livro de Mórmon, uma coleção de escritos que se transformaria em obra fundamental para os seguidores desse credo. Mórmon seria um profeta que resumiu escrituras sagradas de antigas tribos hebréias que supostamente teriam migrado para a América vários séculos antes de Cristo. A primeira congregação mórmon foi organizada por Joseph Smith na cidade de Fayette, em Nova York, em 1830. Hoje, a religião conta com mais de 11 milhões de praticantes no mundo, cerca de 50% deles nos Estados Unidos. A cidade de Salt Lake City, no estado de Utah, é considerada a "capital mundial dos mórmons". Entre as doutrinas seguidas por eles, estão a proibição ao álcool, café, cigarro e sexo antes do casamento
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Existe um livro sagrado para os budistas?
Sim. É o Tripitaka. Em páli - uma língua da Índia antiga, onde o budismo nasceu -, Tripitaka significa "três cestas", numa referência às três partes do livro: o "Vinaya", com as regras de conduta, o "Sutta", que reúne os discursos de Buda, e o "Abhidhamma", que é mais filosófico. A história desse livro sagrado e do budismo remonta à trajetória do indiano Sidarta Gautama (560-480 a.C.), que abandonou uma vida de luxo para buscar a sabedoria. Depois de meditar um bocado, ele concluiu que o sofrimento era causado pelos desejos que atormentavam a mente dos homens, como a corrupção, o ódio e a ilusão. Para Sidarta, se o homem aniquilasse esses desejos, atingiria o nirvana, um estado de paz longe de todo o sofrimento. Por causa dessa descoberta, ele tornou-se Buda, que em sânscrito significa "o iluminado". Por mais de 40 anos, ele percorreu a Índia ao lado de discípulos disseminando suas doutrinas. "Ao longo de sua vida, os 84 mil ensinamentos de Buda foram transformados em sutras, espécie de regras para a vida cotidiana. São elas que compõem o Tripitaka", diz o lama (sacerdote budista) Padma Norbu, do templo Odsal Ling, em São Paulo.